Socorro, alguém me deu um coração!

12:29 / Postado por Romário Matos / comentários (3)


Socorro, alguém me deu um coração
Quando o meu já nem batia.
Socorro, foi assim, sem esperar
Quando ví, ele já me pertencia.

Agora, às vezes, choro sem querer.
Por vezes até tento esquecer,
Mas, Socorro, eu juro que não queria.

Agora, sem meu coração eu já não vivo.
Nesse louco mundo, tudo agora faz sentido.
Já desisti de entender, não quero mais esquecer.
Agora, Socorro,estou pronto pra viver.

Socorro, agora nada mais eu espero,
Vou usar meu coração: serei feliz
E farei feliz quem, de verdade, eu quero.

" Eu amo, eu odeio na mesma oração"

19:43 / Postado por Romário Matos / comentários (2)


Por que eu tenho que sentir isso tudo??? Quando ouço uma música é como se cada acorde entrasse pelo meu peito sem pedir licença e prossegue rumo ao centro do meu corpo.
Quando escrevo sinto o pesar de cada letra e às vezes até me corta.
Dói saber que por tanto tempo evitei as folhas em branco. Não sei o porquê disso tudo. Amar..amo..com que frequência??? Sempre. Devoro todo meu coração quando amo. " Eu amo os abismos as torrentes os desertos. " Eu amo a química e a biologia, eu amo as letras, eu amo os acordes, amo o voar. Sair pela minha janela e ir de encontro aos pássaros lá no alto céu.
Odeio? sim..com menor frequência. Odeio a cegueira humana, odeio a hipocrisia humana, a mentira humana e todas as mazelas. Odeio a fome de quem tem o que comer. Odeio por vezes toda minha capacidade de sentir isso tudo.

Cântico NEGRO.

01:59 / Postado por Romário Matos / comentários (1)

Não é novidade que sou um grande fã de Bethânia, mas uma interpretação dessas, para mim, é novidade:

11:46 / Postado por Romário Matos / comentários (0)

Texto de Iza Azevedo.

20:07 / Postado por Romário Matos / comentários (2)

Senti prazer em ser eu. Isso merece ser gritado, ser visto e mais sentido na pele. Minha loucura pode não ser perdoada, mas entendida! Meus poros exalam gozo nesses momentos de lucidez em que me reconheço como realmente sou e vejo que saio ilesa na corrida pelo ouro. É pelo contrário que corro. Eu quero a derrota, a devastação. Se é da aridez das entranhas do chão que avivo a razão e tiro forças pro alvorecer.
Dissimulados, que venham. Desafio todos, pintem no meu rosto bocas, olhos, no meu peito um coração! Quem louvo chama-se desolação, e arrasto como bandeira para rasgar toda asneira que me prega a boca enfeitada de ilusão.

Texto de Iza Azevedo.

19:56 / Postado por Romário Matos / comentários (0)

Depois da euforia da certeza que te esqueci, a única coisa que quero em meio a sanidade de um fim de tarde é você...ainda é você. Dando na minha cara, me provando que não deixei só roupas no armário, deixei também minha outra metade.
Foi-se parte da autonomia e risos, sobrou sentir, sentir-me sem ti. Andei. Ví que tudo no mundo tem seu cheiro, sua cor, moreno! A simplicidade de menino na grandeza de um deus de mãos vazias.
Choras, reclamas voltar ao vazio, ora ao controle do coraçõ. Moreno...navio sem rumo, mar de lugares que ainda não sonhei. Corsário enfrentando batalhas internas, roubando almas para seu acervo pessoal.

Correspondência de mim pra mim.

07:57 / Postado por Romário Matos / comentários (2)


Meu quarto, 15 de agosto de 2009.
Romário,
Sei que há muito não conversamos, desculpa por isso. Vim dar-lhe notícias suas. E espero que goste de ouvir. Não tenho nenhum propósito fixo, nenhuma finalidade além de reatar nossos laços.
Você que ficou preso ao passado não consegue entender o presente, não anseia pelo futuro. Perdeu muita coisa, não estava comigo nas horas difíceis que passei ultimamente. Superei, mas não estavas comigo, dormias profundamente. Temo não precisar mais da sua presença ao meu lado, meu querido amigo, não tenha raiva de mim, perdoe-me até pela franqueza das palavras.
Ao fim de tudo, quem quis partir foi você, mas ainda há algo muito forte que nos liga, há uma força que nos une e nos mantém intimamente presos um ao outro: A música.
Sei que ela o toca assim como a mim. Então deixemos que ela aja como sempre. Acorda, venha comigo, vem por aqui, o caminho já está feito, é só prosseguir, não vou te deixar só.
Espero você aqui, dentro de você, nesse chão que nunca mais pisou. Então denovo seremos um.

Com saudades,
Romário.

por Iza.

18:00 / Postado por Romário Matos / comentários (2)

Não me faça pedir duas vezes porque não sei seduzir. Não tenho o que você precisa pra eu ser ouvida como um clichê.
Não me faça beijar duas vezes, não me faça sentir novamente porque seria cruel saber que depois de ter bem vivido, nada perdí. Não vou segura o gozo para não te dar o gosto de ver meu corpo se retorcer, se é só isso que quero ter de você.
Venham todas as mãos e loucuras que você tiver para me dar e se não tiver nenhuma, serei afluente de gozos tresloucados no seu leito inflamado de calor.

Texto de Iza. Imagem de Alí.

15:58 / Postado por Romário Matos / comentários (1)

Roamos pedras
Chupemos os dedos
Corramos a nos espojar na lama da piedade humana.
Urubus vestidos de anjo.
Quais os encantos por baixo de suas longas asas infectas?
Entorpecer sentidos, atenuar raciocínios, anestesiar indagações,
Embaçar a visão, embriagar profecias,
Vetar métrica e rima das poesias noturnas, vadias,
Todavia, viva em circunstâncias reais.

Por iza.

15:27 / Postado por Romário Matos / comentários (1)

Da pista de dança faço a minha praça de alimentação, mas com a mudança do tempo tenho me sentido uma estranha, não sei se é a fumaça do cigarro ou o fruto de minhas entranhas.
Nada mais me espanta, tudo me atravessa e sobra. São vozes, refletores e gestos a querer me confundir. Espero por mais, pergunto:
-Que mais? E recuo à farça.

Acorda, vem ver o dia.

19:51 / Postado por Romário Matos / comentários (2)


Bom dia,

" Romário, acorda e vai ver o dia! "
Acordei, fui ver o dia nascer feliz, ou ver, feliz, o dia nascer.
Arrumei meu quarto, pus o Zoé debaixo do braço e saí pela rua a fora. Toquei as mais lindas melodias que eu conheço, inventei outras pelos caminhos. Juntei pedras engraçadas, atirei-as às poças de água.
Deitei na grama. Sonhei acordado com um tempo em que meus filhos possam fazer isso também. Brinquei com meus amigos e com eles fiquei por horasa fio conversando sobre algo que não me recordo. Fui feliz, por ver o dia, por deixar o tempo por mim passar e seguir com ele até que se acabasse.
À medida q as horas passavam, ficava em mim a certeza que havia feita a coisa certa.
Saí andando pela avenida mais próxima às serras onde o sol, por detrás, se esconde.
E por ela andei até achar o lugar perfeito: uma calçada com uma árvore ao lado.
Sentei, com minha amiga e com meus pensamentos focados na imensidão daquele momento.
Pessoas passavam apressadas em seus carros, motos, bicicletas, correndo também.
Não entendo como ignoravam completamente o espetáculo gratuito que ocorria.
Fiquei lá, até que todo o sol tivesse baixado por detrás daquela parede viva e cheia de beleza.
Não posso dizer tudo o que passou em minha mente, por não lembrar. Talvez nada pensei, nada lembrei. Olhei, apenas. Amei, apenas.
sim, consigo sentir isso. Tenho sentimentos, que bom. Sou humano, não demasiado. Na medida necessária.
Ao fim de tudo, encontro-me à cama, escrevendo mais uma vez. Ouvindo NOrah Jones.
À espera de mais um dia com esse ou melhor,quem sabe?
Amei, apenas.

Meu coração de pedra não aguenta mais o amor.

09:42 / Postado por Romário Matos / comentários (3)


Ao teu toque fujo de mim
Quando te vejo divago na imensidão
Ses olhos me ferem, me acalmam.
tão doces olhos não podem mal algum,
Além do pior de todos os males:
Fazer-me amar.
Qual amor? É bem mais que uma dor.
A dor de amar
Tão exaltada pelos poetas
Quanto repudiada por mim.
Deixe-me desamar.
Pois se ele me faz esuqecer quem sou,
Não sou feliz e nem posso ser com ele.
Prefiro a incerteza da vida, mil vezes mais
Aos sintomas desse amor.
Prefiro o toque do meu lençol
A ouvir, por tí, ofegante minha respiração.
Porque devolveste carne e sentimentos ao meu coração?
O vazio me bastava.
Amor? É só mais uma dor.

Além mar

09:31 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Nesses dias em que o calor do sol invade a alma
E meu desejo de te ter se esvai.
Por essas horas em que a lua vem
E todo o azul do céu cai sobre mim,
É que peço para ver o mundo além da minha janela.

Você

19:17 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Se você quiser tocar seu violão
Então que seja com um só sentido,
Mesmo sem sentir.
Que você tenha a mim,
Apenas a mim.

Sem essa de rosa que fala,
De rosas cálidas, que exalam.
Quero ser o único perfume
A estar na ponta de seus dedos
Sendo dedilhado no seu violão
Preso nas cordas inquebrantáveis do seu coração.

E sentir, não mais que sentir.

por Larissa Avezedo(IZA).

Ismália- Alphonsus de Guimarães

17:12 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Poesia noturna

17:03 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Abrí os olhos para fugir da vasta solidão da minha mente inquieta. Acostumei-me ao que ví por não ver nada. Sim, fitava a escuridão, e era confortante, mais que meus devaneios. A escuridão silenciosa do meu quarto, sob meus lençóis, me convidava à nada. Olhava apenas, me dscansava.


Fito a escura solidão do meu quarto.
Meus lençóis...cheiro de sono...um déjavú.
Durmo acordado, sonho de olhos abertos.
Calo o silêncio do meu violão.
Calo com som o seu silêncio.
com cordas e um insaciável dedilhar.
Nossas vozes estridecem juntas..uma só...
..em uníssono, o violão, eu, a noite e a escuridão:
Tecemos versos, cantamos poesias, rezamos todas as lendas
e dormimos abraçados,
para nunca perdermo-nos.
E alguém diz: Boa noite.

Tudo o que eu não conheço.

15:42 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


"I know that behind this world of appearances, of all differences, the hope is preserved.
In yesterday's dirty cups of coffee is served each morning. But there is a word that does not stand to hear her and not me as.
I believe in everything, but I want you now I love you for your sins, for your body marked by your scars, your crazy for all of my life.
I love your hands, even because of them I do not know what to do from mine.
I love your sad game and your dirty clothes here at home I wash.
I love your happiness outside of yourself, love for your heart and love you to so you could have been, if the tide of circumstances I had not herd in the waters of misunderstanding.
Love you in the hellish hours and the life without time ...
Love for children and future wrinkles.
I love you for your lost dreams and your dreams useless ...
I love your way of life and death, love you for your entrances, exits and flags and love from your feet until you escape.
Love of soul to soul and more than the words, but it is through them that I argue when I say I love you more than the silence of the difficult times
while the love ones. "

Passagem do mundo.

15:24 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Faz muito frio agora. Faz frio dentro de mim. O que antes era instinto de sobrevivência agora teima em não chegar aos meus pulmões. Em mente, dou um passeio pelos meus quintais e chego a sentir o cheiro do mato e da terra. Escorre-me às faces uma humilde lágrima. Dispo-me da esperânca da permanência e aceito que é chegada a hora.
Vêm-me a mente memórias lúcidas, como no dia em que, de fato, aconteceram. Estranho-me ao voltar desse devaneio e não lembrar o nome de minha filha. Paira sobre meu corpo cansado a paz que busquei a vida toda e somada a saudade, apego à minha terra e minha gente, acaba por restar só a tristeza.
A consciência esvaiu-se de mim, enfim. Com os pensamentos atordoados, abro a boca, mas sou traída pela ausência de som. Tudo o que viví até agora, não parece mais que páginas escritas pela metade. Sinto que meus ouvidos também cansaram, agora só sinto o vento frio e uma latência perturbar minhas carnes, enquanto vejo pela janela o sol dar-me adeus, o derradeiro,fecho os olhos.
Junto com a noite, veio uma sensação confortante, abro os olhos. Uma desfocada luz enche meu quarto. Veio junto com o cheiro da chuva que molhava meu telhado, embalada pelo vento Aracatí a castigar fortemente a terra seca do meu terreiro, uma mão que se estendeu diante de mim, e contra os meus instintos, também estendí a minha até tocar na outra. Não por tristeza, deixei cair uma última lágrima, saudosa dessa vida, como uma recompensa a tudo o que eu viví, e deixo-me guiar pela mão que me segura.
Sento-me a cama e meu corpo lá fica, fito pela última vez meus entes queridos, dispeço-me entre seus choros. Ao passo que me afasto, sinto novamente o coração pesar em meu peito, encho-me de alegria e, sem medo, vou em direção da continuidade da vida.
Romário Mattos, com amor,respeito e eterna admiração.

O ocaso de um não-poeta

07:13 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Mais um dia com a cara enfiada nos livros. Os ponteiros do meu relógio avançavam indicando a sucessão das horas. Amigos me chamando ao portão, a parentada toda conversando, o riso alto, isso me dava uma pontinha de inveja, mas nada me ia me tirar de um cálculo estequiométrico.
Ao meio-dia, almocei, no quarto mesmo, não queria me ausentar dos livros e cadernos. Nçao me importava se estavam todos falando da quantidade exagerada das chuvas ultimamente ou que meu irmão dormia enquanto eu estava muito bem acordado. E com os livros fiquei até perceber que todos haviam saído.
É incrível como o silêncio me perturba, me tira o raciocínio. Era cinco e meia da tarde, resolvi ligar o aparelho de som, o céu estava mudando de cor e um laranja muito forte incidiu no meio da sala, pea janela. Dei-me conta que há meses não parava para ver o ocaso.
Foi assim: Um bando de pássaros barulhentos passou em revoada sobre os telhados alheios, pessoas apressadas às ruas, criança voltando da escola, meus livros espalhados no quarto, o som ligado, a solidão e o sol indo iluminar o Japão.

Vida.

16:48 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Porque quando tudo dói, principalmente na alma, recorremos a Ele, e queremos resultado imediato....
...não lembramos,pois, que no começo quem estava ao nosso lado era Ele, e permaneceu lá até que um dia iludimo-nos pelos encantos do mundo. Gostamos do doce do pecado, escolhemos conviver com o medo, a insegurança, a dependência-química, pscicológia,alcoolica- e, audaciosamente, esperamos que Ele ainda estivesse alí.
Precisamos cair, sentir toda a dor, desistir dos sonhos, crêr na desesperança, para dar-nos conta que não há verdade, vitória, paz, senão com Ele por perto. Precisamos perceber a próximidade entre a vida e a morte.
Podemos nos desvirtuar do dia para a noite-e para isso muitos fatores nos ajudam-, mas a volta para a virtude depende exclusivamente de nós. Não desistir não significa tentar várias vezes, mas aceitar a derrota, e crer sempre na vitória e em nós mesmos.
Vale muitíssimo a pena ver esse vídeo, e aprender com ele.

http://www.youtube.com/watch?v=cyheJ480LYA&eurl=http%3A%2F%2Fwww.orkut.com.br%2FFavoriteVideoView.aspx%3Fuid%3D369649961546149918%26ad%3D1241284480&feature=player_embedded

Se poeta fosse.

16:18 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Ai quem me dera, Deus, se eu fosse um poeta.
Minhas madrugadas em claro teriam mais graça.
Não haveria tantos papéis em branco a me encarar.

Me arriscaria nas rimas, das brancas às preciosas,
Abriria os braços e cairia de qualquer penhasco em direção ao desconhecido,
Ao que me espera.

MAs como poeta não sou, outras necessidades gritam meu nome
E preciso agir indo ao encontro do que me espera.
E só nesse abismo, o do desconhecido, posso me arriscar.
Por entre livros e apostilas, mas sempre a esperar
O fim de minha peleja, e o incício de uma nova história.

Bem-me-quer, mal-me-quer

16:05 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Bem-me quer a vida, pois me ensina cada dia a incrível arte de viver.
Mal-me-quer a morte, pois, até agora, nunca me quis ao seu lado.
Bem-me-quer a amizade, pois está sempre me surpreendendo com pessoas maravilhosas.
Mal-me-quer a solidão que tem me visitado frequentemente nesas noites chuvosas.
Bem-me-quer a saudade que, por mais dolorosa que seja, não me deixa esquecer você.
Mal-me-quer o desejo, pois tenta me contentar com a vontade.
Bem-me-quer a dor, pois me mostra que sou humano também.
Mal-me-quer o amor, pois mesmo me fazendo feliz, me tora um bobo...
...e Bem-me-quer o amor, pois mesmo sendo um bobo eu sou feliz.


* Entre bem-me-queres e mal-me-queres, todos nós seguimos, vivendo entre a tristeza e a felicidade buscando um equilíbrio, não tentando livrar-se totalmente da tristeza, mas apenas aproximando-se da felicidade e aprendendo com as duas. Entre tantas coisas boas e outras não tanto assim, conseguimos avançar na sucessão dos dias e fazer disso um grande palco, onde ensaiamos todos os dias o espetáculo da vida.

Não é mentira.

22:27 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Vou começar pedindo desculpa aos leitores desse blog. Vocês que estão acostumados a ler textos feitos por mim, por favor não se assustem, mas é que achei irresistível não postar isso aqui. Observem até onde pode chegar a capacidade humana(acho que daí não passa):

Péeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerola.

* "(a questão dizia que a afirmativa era CORRETA, pedia a justificativa somente). "Disconcordo com a questão. Ela não pode ser positiva. Nunca fiz prova que o professor dissesse que era afirmativa uma questão. Deve ser uma pegadinha, tipo do Faustão.

E se fosse o último dia? Amar?

17:14 / Postado por Romário Matos / comentários (2)


Vivemos já como por meio de um " piloto automático", levantamos cedo, lanchamos e saimos de casa já com tudo pré-pronto par ao dia inteiro. Um dia inteiro em que você se dedica aos seus afazeres repetitivos enquanto um mar de acontecimentos surgem pelo mundo, ao seu redor até, mas estamos ocupados demais.
No ápice de meu dia sem tempo, me veio à mente: E se fosse o último dia? O que eu faria?
A resposta me veio sem que eu precisasse pensar muito. Percebí que os sentimentos fariam falta em minnha vida, então queria vivê-los uma última vez.
Queria ganhar um última vez e perder também, sentir o amargo da derrota e o gozo da vitória. Queria sentir medo e que logo em seguida uma explosão de coragem tomasse conta de mim e me fizesse experimentar da mais pura coragem. Queria sentir raiva e chegar ao meu limite e, logo, perdoar a todos e firmar esse perdão em um longo abraço. Queria dar adeus, um doloroso adeus, pra que eu pudesse, pela última vez, sentir meu peito contrair-se em saudade.
Passear, enfim, por todos os sentimentos, usar da lógica e da loucura, delirar acordado e cheio de certeza. Pegar em minhas mãos todas as sensações e fechá-las em punho cerrado.
Mas percebí que o amor já une todos os sentimentos, bons e ruins, então, resumindo a resposta...queria amar no meu último dia, assim seria doce viver, sonhar e morrer de tanto amor.

Réquiem intermediário.

16:50 / Postado por Romário Matos / comentários (3)


Vim ao mundo e fui saudado por uma fria madrugada de domingo e alguns rostos estranhos.Sentí medo e dor quando pela primeira vez experimentei o ar atmosférico tão homogênico invadir-me os pulmões. Chorei, e fui acalentado por um colo quente e por uma voz que há nove meses conhecia muito bem, estava com minha mãe.
Fui levado para um lar, repleto de anjos, que no começo não estavam tão à vontade com minha presença, mas que depois, não conseguiam imaginar os dias sem mim. Amei-os todos com tudo que pude. Fui descobrindo aos poucos e impacientemente os segredos e as sensações da vida, tendo sempre esses anjos do meu lado, e observando-os, aprendi bastante.
No princípio, tinha medo de tudo quase, do escuro, da solidão noturna, do silêncio, de circo, das mudanças, mas aprendi a conviver com o medo. Anos mais tarde, eu já gostava e sentia falta de tudo isso, e o que temia então, era a ausência do temor.
Descobrí na música a saída para quase tudo. Consolidei na minha família o meu lar, de fato, o meu ponto forte e , ao mesmo tempo, o meu "calcanhar de Aquíles".
Aproveitei minha infância sim, naquele tempo não pensava na efemridade do tempo, mas fiz juz ao tempo gasto pelos poetas para descrever a passagem do tempo em papel.
Dediquei-me à várias coisas , algumas delas não levei à diante, mas fiz bom uso de toda forma de conhecimento adiquirido. " Amei e odiei como toda gente", chorei várias noites, sorri na maioria delas. Consegui alguns probelmas, fiz ações que me cuasaram arrependimento mais tarde. Tinha medo da morte, do fim, do ponto, seja lá qual a pontuação...agora não mais.
Minha última noite passei pensando no que faria quando tivesse minha casa, minha vida independente, minhas obrigações mais presentes. Adormecí. Acordei como qualquer outro dia, mas na sucessão das atividades diárias percebi que muito de mim já não existia mais, meus pensamentos, minhas ações, minhas opiniões e desejos. Pouco a pouco um pedaço de mim se afastava de mim...se sem dor, morreu.
O que hoje de mim resta é fruto de tudo que fiz ou não na infância. Agora nasço outra vez, em uma noite escura, fria e nublada. Menos criança, mas não menos inconsequente, apenas sabido que de tudo que eu fizer ou não a partir de hoje, servirá de um bom réquiem mais tarde.

Que falta tudo isso me faz...

12:39 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Desejo inevitável de compor algo com o braço de minha alma. De fato não tenho esse talento, queria o Cazuza do meu lado agora. Já que não escrevo e também não canto, permito-me apenas ouvir a arte deles, sentir profundamente cada nota tocada, pois elas vêm como conforto para mim, vêm com alento, como um abraço forte, como o entrelaçar de duas pessoas que se amam.
Meu coração está aos pulos!!! Minh´alma enfadada da correria do dia-a-dia chega na sexta-feira e respira...acalma, sorri, descansa e deleita.
Vem a vontade de fazer coisas que há tempo não fazia...coisas simples até.
Tocar violão, ouvir muuuuuuuuuuita música, daquelas que lhe levam pra uma outra dimensão, assistir a um filme trash-heheh- conversar com amigos, família, amores,parentes....ai que falta tudo isso me faz.
Depois de levantar a bandeira do ócio, e ouvir Calcanhotto, ler Clarice, ver Bethânia, corro pra janela, mas não vejo o chão, é o céu que eu miro e é lá que quero estar, entre nuvens disformes e serras manchadas de chuva, sentindo o suave vento no rosto e ver tudo de cima, ver a ilha que é o mundo de cima.
Longe de toda gente má, de toda infâmia, de todo o desconforto e intolerância. No céu é assim e em meus vôos ensaiados me sinto mais humano e mais alheio às coisas, aqui em baixo, vividas.
Vôo até achar um lugar pra mim, no topo de uma montanha parece o melhor lugar, pois não sei ficar sem ver as pessoas como também não sei conviver com elas todos os dias.

p.s pra ir pelos ares: uma boa musica- Calcanhotto, Bethânia, Cássia....-uma dose de vinho e não ter medo de voltar ao chão.

Da minha janela...

01:04 / Postado por Romário Matos / comentários (1)



Vejo o céu mudar de escuro à um azul maravilhoso, vejo o sol fazer presente seus primeiros raios modestos que entram pela minha janela e vêm me aquecer e inundar de luz meu quarto, os primeiros raios do dia. Vejo uma combinação de cores incrível e o que antes era só a escuridão começa a tomar formas distintas. Surgem os telhados vizinhos, os fios de energia, o poste, as antenas e tudo me convida à janela.
Eu vejo o dia começar para muitos trabalhadores que começam a sair nas ruas. Eu ouço os passos descendo os degraus, vejo os senhores que gostam que andar por essas horas e conversar com seus amigos. De repente, pássaros. Um monte deles, passando em revoada por sobre a minha casa, como quem compõe uma sinfonia, eles têm uma harmonia perfeita que me faz perceber o quão sortudo sou por poder ser testemunha de um milagre todas as manhãs.
Todo esse tempo acordado, passo estudando, mas nas primeiras horas da manhã é como uma intimação: Abrir a janela e ver...o quê? Eu vejo o mundo através dela. Um mundo bom, um mundo que acaba de acordar, cheio de possibilidades, de mistério, de beleza.
Descobrí que o amanhecer do dia me acalma e o pôr-do-sol me deixa saudoso. Momentos diferentes do dia com diferentes consequencias sentimentais.
Agora uma nunvem pesada e escura se dissipa no céu para dar lugar a luz de mais um dia. Como uma recompensa ao cansaço, abre-se um sorriso no céu embalado a catoria dos pássaros, o som das portas se abrindo, um avião, uma moto, um carro...E assim começa a vida que agluns chamam de rotina, pois não vêm o começo dela.

p.s Acabo de ganhar um presente...comçou a chover pelo sétimo dia seguido.

O amor não escolhe lugar.

11:26 / Postado por Romário Matos / comentários (1)




De tanta saudade, a moça, chorava. Era como se parisse denovo, mas dessa vez, depois da dor, não estaria sã, e continuaria sozinha. Permaneceria estática, sentada em sua cadeira olhando a linha do horizonte escurecer. Veria mais um dia nascer e com ele a certeza que a única pessoa a quem amou não mais voltaria. Não queria adimitir mas se enchia de esperança quando via alguém de longe se aproximar.
Ela que amou ardentemente agora, desesperadamente, queria voltar atrás, mas sua força ou covarida era tamanha, que aguentava passivamente toda dor. Sabia que não havia motivo que compensasse a falta. Continuava acenando com a cabeça para os que passavam pela estrada...era mais uma dona de casa sertaneja, resistente às secas, aos choros, às dores, mas derrotada pelo arrependimento e passiva de vontade.

* Ciclo *

08:29 / Postado por Romário Matos / comentários (2)



Então tudo começa. NAsce mias um ser humano, pronto ou não, terá de passar por tudo.
Então tudo parte da efemeridade do tempo. Tem que se aporveitar ao máximo de tudo, se assim não faz...
Então tudo pesa. Cada lembrança é única e singular. E essa especificidade faz com que você aja de maneira contrária à que, na verdade, queria.
Então tudo passa. Por mais que se deseje voltar atrás e realizar o contrário dos fatos, por mais que doa o que agora se faz presente, passa.
Então tudo cessa. Fome, dor, sofrimento, guerras com a morte cessam. A solidão, a saudade, o desalento com amor também cessam.
Então tudo muda. Com o tempo tudo muda. A fisionomia, os amigos, os sonhos, opiniões.
Então a tudo queres mudar. Ao passado queres voltar, as pessoas querem mudar, queres mudar de rumo, mudar de sonho. MAs não adiant querer mudar antes de , de fato, algo ter sido.
Então tudo aprendes. Aprendes que tudo o que fez e deixou de fazer, fez parte de um processo natural. Aprendes( depois de mentir), que só o que é verdade vale a pena.
aprendes depois de sofrer, que os bons partem antes. Aprendes que amor e amizade à tudo se sobressaem. Aprendes que o conhecimento á você tudo acrescenta...e se não desistir..

Então tudo consegues.

À minha pedra. A que perdi.

09:42 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Ando pelas ruas da cidade
Sem rumo, ando até cansar
Vejo casas, ruas, carros, humanos e desumanos.

Vagando pela vida sempre encontro um bom lugar
Logo alí depois da esquina, tem um lindo e verde mar
Onde mato minha saudade, ouvindo o vento passar
E vendo um incrível pôr-do-sol há sempre uma lágrima a rolar.

O mar lambe minhas pernas e com sigo leva a lembrança
De tudo o que ví e que amei durante a infância.
Meus bonecos, meus livros e CD´s.
E meu herói, cadê?

O trago aqui sempre comigo
De uma força sem limites ele me enche de vida
E me dá forças para vagar pelos caminhos da minha lida.
E minhas recordações agora ficam pelos mares que passei
Entre pedras, montanhas e bandeiras que um dia carreguei.

Mas jamais hei de esquecer o dia que te encontrei.
Foi mais um lindo fim de tarde,
E o mar a me deixar à parte de tudo o que acontecia.
Encontrei você na areia, estivera sempre alí e eu não a via.

Te peguei com cuidado e o mar foi testemunha
Do nosso encontro marcado. Eu,você e a lua.
Que já se fazia presente e te via repousar
Sobre a minha pele nua.

Dia mundial da água!

09:05 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Sempre chove...dia 22 de março sempre chove.
É o dia mundial da água. Água de beber, de banhar, de benzer.
Águas vindas do céu para deixar o clima ameno, as pessoas tranquilas, os poetas inspirados e os aniversariantes apaixonados. Pela vida, pela chuva, pela rua cheia de guarda-chuvas andando pra lá e pra cá. Enfeitando os caminhos e as esquinas.
Dia 22 chove. O mar fica lindo. O cinza do céu em contraste com o mar é como uma intimação para adimirar, pensar em nada, deixar a natureza fazer a parte dela.
As águas comemoram a passagem do verão. Vagando todas para o mesmo lugar. Encantando pessoas pelo caminho, banhando outras, verdeando o sertão, afogando as raízes, vazando dos rios, açudes, lagos, riachos.
E por tudo isso eu rio. Rio manso, rio breve, rio sempre. Rio dos reis e dos que não são reis.
A vida é tão rara.

Romário segundo almas alheias.

22:57 / Postado por Romário Matos / comentários (3)


" Eu que nunca fui assim de perder", por fim acabei aprendendo mais que o desejado. Aprendi muito com os erros. Espero sinceramente " Que essa tensão que me corre por dentro seja um dia recompensada", pois de tão intensa e tão silenciosa e mortal, ela me deixa sem expressão, sem foco, sem fim.
Tudo isso me remete a crer que " Eu tenho sofrido muito nos meus vôos ensaiados " tendo em vista que quando penso em dar um passo maior percebo os pés amarrados.
em meio de tantas tribulações " Eu não sei por que moro alí, eu não sei pra onde ir". Agora sem confundir com o grande gouche, talvez por uma questão e adimiração e respeito mesmo com Drummond. Veja bem você, que culpa eu tenho se " Quando eu nasci, um anjo torto" disse: Vai, Romário, ser gouche na vida.
O que não significa que " Eu não sou eu nem sou o outro, sou qualquer coisa de intermédio", não, essa máxima eu não sigo...acho que nem mesmo Drummond seguiria.
Eu tenho mais firmeza quanto à minha personalidade, eu me contento dizendo que " Sou o início, o fim e o meio. " nem tanto gabola, reconheço.
Mas se assim quiser me julgar " Eu não vou me importar com a maldade de quem nada sabe" e sem prepotência lhe digo que " Você pode até me impurrar de um penhasco " , sabe o que eu direi?
" E DAÍ??? EU ADOOOOOOOOORO VOAR!!!! "

Clarice é fundamental.

17:31 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Senhores, não resisti, vi essa frase no profile de uma amiga. tão logo vi, me apaixonei completamente. Clarice me surpreende à medida que conheço suas obras.

"Gosto dos venenos os mais lentos!
As bebidas as mais fortes!
Dos cafes mais amargos!
E os delirios mais loucos.
Voce pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí
eu adoro voar!!!"
- Clarice Lispector.

Gouche e ouvindo Piaf

12:48 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Ne me quitte pas...
Não, mon amour, não me deixes mais.
Ainda depois de dizer : Je t´aime.
Depois de me levar ao cinema. De ver comigo o pôr-do-sol, de tomarnos chocolate quente no mesmo copo, acordarmos juntos como mesmo pensamento e vontade.
Depois de me pegar a mão e fazer toda a diferença.- Ne me quitte pas.
Onde tanto amor? Em mim toda a dor.
Sei nada sem você. As músicas me atravessam e não deixam nada em mim.
Sinto como se estivesse à parte e tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Não, ne me quitte pas, ouça a chuva. Sinta o nosso cheiro, respire o nosso ar outra vez, prova do meu gosto. Ne me quitte pas.
Não posso ser mais submisso. Mas se pudesse o seria.
Fica, fica ente os lençóis, comigo.
Ainda há muito de você em mim. Não posso tirar vc assim.
...ne me quitte pas.
O teu beijo ainda queima em minha boca, teus braçoes me cercam e me puxam pra bem perto. Meu amor, ne me quitte pas.
Não quero esquecer que je t´aime.
Anda, segura minha mão, me abraça forte e me mostra que eu me enganei, diz que me ama e ne me quitte pas.

12:17 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Bem, a tarde está maravilhosa. Chove modestamente, como se os pingos tivessem receio de tocar as telhas de minha casa. Estou com uma inspiração imensa para escrever, mas não era nada assim. O que me vinha em mente eram versos maravilhosamente elaborados com uma complexa estrutura de rimas. Não sei o que houve, talvez tenha sido o modo como as nuvens se dispuseram e agora descarregam. Tudo isso fala por mim. Sou um poeta calado agora. E nada do que eu ponha em papel tem mais importância que a chuva.
Como se conversasse comigo, ela me diz o que eu sinto, lê meus pensamentos e me mostra o quanto fica patético quado eu tento quebrar sua importância e que é ela quem embeleza cenas românticas, que só ela pode ser substituída pela música na hora de dormir, ou combinada a ela para deixar a hora de dormir inesquecível.
Resolvi então deixar pra outro dia os meus veros. A concorrência tornou-se desonesta.
Procurei então aliar minhas palavras às dela: O resultado fica visível.
Fica por isso mesmo.
Olhando o céu chover em minha rua, as crianças tomando banho, os românticos em suas camas, os mais sortudos podem estar vendo filmes, os cães abrigados, os gatos escondidos. tudo em seu devido lugar. Fico sem meus versos, mas absorto em pensamentos, longe levado pelos meus devaneios.
Era mais fácil observar o que causava a chuva que tentar expôr minhas causas por palavras ou até mesmo pensamentos.

Caritas.

16:48 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


"Lua de memórias perdidas sobre a negra paisagem nítida de vazio. Debruço-me sobre teu rosto branco nas águas noturnas do meu desassossego e no meu saber que és lua." - Do livro Nossa Senhora do silêncio.

Esse quadro é de um amigo meu. Uma pessoa maravilhosa e sem comentários. Sérgio Matos.

16:44 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


NO mar, onde sou a mim mesmo devolvido em concha, sal e esouma espuma regressado à praia inicial da minha vida.
Espelho d´água te reflete e pareces um milagre criado só para mim.

Hj não sou mais. Sou menos.

18:13 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


HJ estou vazio. Hj não sinto, não rimo, só calo.
Estou propenso a não escrever linha alguma.
Não sei dizer que te amo.
Não busco inspiração para meus versos.
Hj canse-me de mim.
Hj não vivo. Sequei. Correu pelo meu rosto hj o que sobrou de um bom poeta, uma rima sem lógica.
Não sei como dizer o quanto acho belo e me toca as maravilhas do mundo.
Não sei transmitir à ninguém a beleza da vida em forma de linhas e escritos.
Não sei estar apaixonado e escrever sobre. Não sei.
Ah, como queria agora mesmo poder dizer da forma mais profunda o quão feliz, infinitamente, me sinto qndo vejo o mar.
E fazer rimas e estrofes sem fim para alguém ou algo que me encha de luz.
Olhar para o céu, ver a imensidão azul com pontos brancos disformes e escrever o verso mais lindo para teus olhos.
Dizer todos os dias, de maneira diferente, que o amor que te tenho é a mais linda expressão da sinceridade dos meus sentimentos por tí.
Dizer-te publicamente, quem sabe através de um livro, que não há como me sentir mais completo, como qndo estou a te olhar de perto.
Dizer que sinto sua respiração a toda hora. Dizer que também acredito no amor.
Não vejo, porém, motivo para continuar essa fraca tentativa de mostrar-me capaz de escrever algo que leves contigo para todo sempre.
Queria escrever algo que marques com uma rosa na página predileta, e que anos mais tarde, quando a solidão de servir de testemunha, abrirás o livro e encontrará a rosa amassada e minha caligrafia disforme junto a ela.
Queria dizer-te que teus olhos me seguem em sonhos, e qndo acordo, era só o que eu queria ver na verdade.
Que se vens às três, às duas começo a ser feliz.
Algo simples, mas que seja meu, que seja vindo de mim, mas pura e totalmente para você.
Algo em que caiba nossa história, encontros e desencontros, nossos risos, nossos livros, nossos...algo que seja nosso demais, enfim.
Mas não. Eu não sei. Me perdoa.
Não cabe dentro de mim tanta inspiração, hj me falta tudo.
Não sairia de mim com tamanha integridade.
Queria, mas hj não sei.
Talvez pq ,acima de tudo, falta você.

Desejos.

18:08 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Escrever como Fernando Pessoa.
Compor como Milton Nascimento.
Pensar como minha mãe.
Ter fé como meu avô.
Viver como minha avó.
Falar como Bethânia.
Uma semana na serra.
Passar no vestibular.
A igualdade social.
A paz mundial.
Um dia de sol e dois de chuva.
Minha outra metade.
Ver todo dia o pôr-do-sol.
Ouvir música em todo lugar.
O cheiro da terra molhada.
Crianças na calçada.
Ouvir os pássaros pela manhã.
O som da conversa amiga.
A história mais antiga.
A distânica inimiga.
A certeza da eternidade.
O inocência da infantilidade.
Correr os campos.
Entrar no mar.
Andar descalço na grama.
chapinhar na lama.
Tomar banho de chuva.
Dormir agarrado em noite de chuva.
Dançar ao som de CArlos Gardel.
Tomar vinho com Edith Piaff.
Esquecer meus problemas.
Pintar tudo de branco e preto.
Olhar álbuns antigos.
Sorrir como criança.
Acreditar na esperança.
Acreditar mais em mim.
Enfrentar meus medos.
Não pensar em traumas.
Não colaborar com as tramas.
Esquecer sem o álcool.
Me inspirar sem cigarro.
Viajar.
Mudar.
Viver.
Voar.
Amar.
Mar.

Nostalgia.

17:40 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Deito lentamente em minha cama. Agora só o som da chuva e do céu, castigando a terra, com seus raios, relâmpagos e trovões. Olho infinitamente o horizonte, cinza, e ele me retorna o olhar com o ar de inalcançável, supremo.
Recordo minha vida. As quedas da bicicleta, os medos, as noites sofridamente superadas, os rabiscos, os primeiros livros, a saudade.
Se pudesse, voltaria. Correria as ruas como qualquer criança, e sem compromisso nem vergonha, gritaria, pegaria a bola, tomaria um banho de chuva sem reparar em quem me olha.
Dançaria em qualquer lugar, chegaria antes de todos para não ser " a mulher do pato".
Brincaria os 'sete pecados' até ir ao paredão.
Ouviria minha avó dizer: ' ô Romário, é hora de subir, vambora!'
Enfrentaria uma manhã inteira de desenhos animados, depois 'faria hora' para não tomar banho. Lamberia a bacía com a massa do bolo, depois, é claro, de tê-la furado com o dedo.
Acordo. Esqueci o som ligado. Escrevo minhas letras, estudo, toco meu violão, leio uns livros.
Não sei se, futuramente, desejaria voltar a esse momento e fazer diferente. Tento aproveitar da melhor maneira possível.

Guarde nos olhos

19:56 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Me olha nos olhos, não consegue?
Então fecha os olhos e me veja com sua alma.
Não te assutes com a pessoa que verás.

Estás vendo um velhinho?- é a minha sabedoria, minha experiência e minha fragilidade.
Veja a montanha!-É minha família, meus amigos, minha fortaleza, meu apoio.
Consegue ouvir a música?- É meu escape, a válvula.
Veja mais de perto.

Ah, essas rugas!!-Preocupações sem motivo.
Vê o saco em minhas mãos?- É onde ponho as pedras q encontrei em meu caminho, futuramente será o alicerce do meu castelo.
Sentes as águas passando em seus pés?-É um rio. Ninguém entra duas vezes no mesmo rio, as águas estão sempre correndo e nunca somos a mesma pessoa.

Estás vendo o universo em mim?- Alimenta minha certeza de nunca está sozinho.
Agora olhe bem para as mãos do velhinho.- Olhe mais fixamente para a rosa que ele tem nas mãos.
Abra os olhos. Não precisa olhar diretamente nos meus.
Ouça.
Encontrei aquela rosa entre as pedras que coloquei naquele saquinho. Cuidei dela, levei-a para meu jardim e lá plantei, reguei, me preocupei- surgiram algumas rugas a mais- mas fiquei bastante triste qndo vi que ela havia crescido esplendidamente e estava a esnobar as demais flores do meu jardim.

Não tive escolha. Arranquei-a, por mais q tivesse me custado um pedaço do meu coração e um milhão de estrelas do meu universo.
Agora carrego-a nas mãos, e ela está morrendo depressa demais. Não me olha mais nos olhos, não me ouve. Esqueceu do que fiz por ela, e encantou-se com sua própria beleza, sem saber que valores mais importantes ela poderia ter, valores esses que jamais acabariam. Mas ainda amo-a, e espero que ela possa percerber isso antes que seja tarde demais.

Agroa sim, olhe bem profundamente nos meus olhos, olhe a ponto de se perder em mim.
A rosa que carrego em minha alma é você, e por mais que as comparações não tenham sido bem empregadas, espero que haja antes que seja tarde demais, ou cedo demais para um fim.

Romário Mattos.

Sem inspiração.

19:27 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


O chorar mais antigo, o amor mais amigo.
Aquela fala calada, o beijo na escada.
Filmes e chuva, o adeus e a procura.
Volto pela mesma estrada, vejo minhas pegadas
Mas as suas já foram apagadas.
E agora, meu amor?
Me diz por onde andar.
Em que estrada vou te encontrar?
Já andei demais, já vivi demais.
Eu só quero o resto das minhas tardes ao seu lado.
Quero a certeza da tua presença.
Não quero mais apagar meus versos, os versos que fiz pra tí.
Por quê partiste, meu amor? Se bem sabes que sem vc tudo é triste.
Eu não posso aprender a ser só.
Meus versos morreram sem inspiração.
É você quem ocupa o vazio onde deveria haver um coração.

PROTESTO.

19:21 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


É óbvio que as girafas nãe existem. Que saco!!!
Todos vós estão sendo enganados por toda uma sociedade que consegue facilmente fazer com que esses robôs se passem por girafas- que absurdo-.Open your eyes.

Bethânico.

19:12 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Sou mesmo. Bethânico. Adoro gastar minhas tarde ouvindo suas músicas. Me liberta, me sinto melhor, mais leve. Não tem explicação. É como um outro gosto qualquer. Mas vê-la no palco é diferente que na Tv. Nem parece que ela é humana. Ela domina toda a casa, enche nossos ouvidos, e pronto, ganha sua inteira atenção.
Então, qndo por fim, as cortinas se cerram, vc volta à realidade- q droga- mas está melhor.
" Debaixo d´água tudo era mais bonito, mais azul mais colorido, mas itnha que respirar." - Arnaldo Antunes.
" É fooooooooooda, nêgo véi."- cearenses.

Eu, hein!

19:03 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


" Sono de jacaré faz parte do chão"- isso foi escrito por Waly Salomão- nãe é louco?
Acho hilário.E eu preciso passar horas pensando, ouvindo músicas, lendo, me interando do assunto pra tentar escrever algo interessante. E tem outra frase incrível também: " O besouro morde a barra de ferro em brasa." Sei naum, mas sei lá.
Eu hein!!

Para ninguém.

18:54 / Postado por Romário Matos / comentários (2)


Será que eu tenho um tipo de doença mental? nem sei, mas é tão bom escrever para ninguém. ´Ninguém mesmo, porque eu mesmo passou meses sem olhar esse blog.
Sei lá. Nada sei. Momento de " diarréia mental" - gostei dessa expressão- inda bem q ninguém ler. Mas, se bem que, depois que ouvi uma célebre frase dita por minha avó " Ninguém é igual a ninguém", e observar a total falta de lógica- pq " ninguém" já dá idéia de nada- fiquei com medo de ninguém acabar se tornando alguém e esse meu blog ser lido.- Meu Deus-. Sou louco. Mas que meu violão fala comigo isso lá é bem verdade.
E quero deixar bem claro para ninguém que me sinto honrado de escrever as bobagens q não saem da minha cabeçaagora saem, uffa-.

O céu depois do céu.

18:41 / Postado por Romário Matos / comentários (0)

Eu ví um mar de nuvens logo abaixo de mim. Estavsa segurando o queixo com uma das mãos. E as nuvens passavam como águas do rio, como a maré quem vem encher e beijar a praia, como uma infinidade de coisas. E eu esqueci. Esqueci dos problemas todos, esqueci da vida, esqueci até de mim mesmo, alí. Por mim teria me deixado levar por aquela vastidão branca e disforme. Me senti um ser a parte. Nem humano, nem bicho e nem poeta. Ví cidades inteiras de cima, e lembrei-me das pessoas quando as ví passarem apressadas para qualquer coisa que certamente não era adimirar a beleza do céu.