Cântico NEGRO.

01:59 / Postado por Romário Matos / comentários (1)

Não é novidade que sou um grande fã de Bethânia, mas uma interpretação dessas, para mim, é novidade:

11:46 / Postado por Romário Matos / comentários (0)

Texto de Iza Azevedo.

20:07 / Postado por Romário Matos / comentários (2)

Senti prazer em ser eu. Isso merece ser gritado, ser visto e mais sentido na pele. Minha loucura pode não ser perdoada, mas entendida! Meus poros exalam gozo nesses momentos de lucidez em que me reconheço como realmente sou e vejo que saio ilesa na corrida pelo ouro. É pelo contrário que corro. Eu quero a derrota, a devastação. Se é da aridez das entranhas do chão que avivo a razão e tiro forças pro alvorecer.
Dissimulados, que venham. Desafio todos, pintem no meu rosto bocas, olhos, no meu peito um coração! Quem louvo chama-se desolação, e arrasto como bandeira para rasgar toda asneira que me prega a boca enfeitada de ilusão.

Texto de Iza Azevedo.

19:56 / Postado por Romário Matos / comentários (0)

Depois da euforia da certeza que te esqueci, a única coisa que quero em meio a sanidade de um fim de tarde é você...ainda é você. Dando na minha cara, me provando que não deixei só roupas no armário, deixei também minha outra metade.
Foi-se parte da autonomia e risos, sobrou sentir, sentir-me sem ti. Andei. Ví que tudo no mundo tem seu cheiro, sua cor, moreno! A simplicidade de menino na grandeza de um deus de mãos vazias.
Choras, reclamas voltar ao vazio, ora ao controle do coraçõ. Moreno...navio sem rumo, mar de lugares que ainda não sonhei. Corsário enfrentando batalhas internas, roubando almas para seu acervo pessoal.

Correspondência de mim pra mim.

07:57 / Postado por Romário Matos / comentários (2)


Meu quarto, 15 de agosto de 2009.
Romário,
Sei que há muito não conversamos, desculpa por isso. Vim dar-lhe notícias suas. E espero que goste de ouvir. Não tenho nenhum propósito fixo, nenhuma finalidade além de reatar nossos laços.
Você que ficou preso ao passado não consegue entender o presente, não anseia pelo futuro. Perdeu muita coisa, não estava comigo nas horas difíceis que passei ultimamente. Superei, mas não estavas comigo, dormias profundamente. Temo não precisar mais da sua presença ao meu lado, meu querido amigo, não tenha raiva de mim, perdoe-me até pela franqueza das palavras.
Ao fim de tudo, quem quis partir foi você, mas ainda há algo muito forte que nos liga, há uma força que nos une e nos mantém intimamente presos um ao outro: A música.
Sei que ela o toca assim como a mim. Então deixemos que ela aja como sempre. Acorda, venha comigo, vem por aqui, o caminho já está feito, é só prosseguir, não vou te deixar só.
Espero você aqui, dentro de você, nesse chão que nunca mais pisou. Então denovo seremos um.

Com saudades,
Romário.

por Iza.

18:00 / Postado por Romário Matos / comentários (2)

Não me faça pedir duas vezes porque não sei seduzir. Não tenho o que você precisa pra eu ser ouvida como um clichê.
Não me faça beijar duas vezes, não me faça sentir novamente porque seria cruel saber que depois de ter bem vivido, nada perdí. Não vou segura o gozo para não te dar o gosto de ver meu corpo se retorcer, se é só isso que quero ter de você.
Venham todas as mãos e loucuras que você tiver para me dar e se não tiver nenhuma, serei afluente de gozos tresloucados no seu leito inflamado de calor.

Texto de Iza. Imagem de Alí.

15:58 / Postado por Romário Matos / comentários (1)

Roamos pedras
Chupemos os dedos
Corramos a nos espojar na lama da piedade humana.
Urubus vestidos de anjo.
Quais os encantos por baixo de suas longas asas infectas?
Entorpecer sentidos, atenuar raciocínios, anestesiar indagações,
Embaçar a visão, embriagar profecias,
Vetar métrica e rima das poesias noturnas, vadias,
Todavia, viva em circunstâncias reais.

Por iza.

15:27 / Postado por Romário Matos / comentários (1)

Da pista de dança faço a minha praça de alimentação, mas com a mudança do tempo tenho me sentido uma estranha, não sei se é a fumaça do cigarro ou o fruto de minhas entranhas.
Nada mais me espanta, tudo me atravessa e sobra. São vozes, refletores e gestos a querer me confundir. Espero por mais, pergunto:
-Que mais? E recuo à farça.