Caritas.

16:48 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


"Lua de memórias perdidas sobre a negra paisagem nítida de vazio. Debruço-me sobre teu rosto branco nas águas noturnas do meu desassossego e no meu saber que és lua." - Do livro Nossa Senhora do silêncio.

Esse quadro é de um amigo meu. Uma pessoa maravilhosa e sem comentários. Sérgio Matos.

16:44 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


NO mar, onde sou a mim mesmo devolvido em concha, sal e esouma espuma regressado à praia inicial da minha vida.
Espelho d´água te reflete e pareces um milagre criado só para mim.

Hj não sou mais. Sou menos.

18:13 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


HJ estou vazio. Hj não sinto, não rimo, só calo.
Estou propenso a não escrever linha alguma.
Não sei dizer que te amo.
Não busco inspiração para meus versos.
Hj canse-me de mim.
Hj não vivo. Sequei. Correu pelo meu rosto hj o que sobrou de um bom poeta, uma rima sem lógica.
Não sei como dizer o quanto acho belo e me toca as maravilhas do mundo.
Não sei transmitir à ninguém a beleza da vida em forma de linhas e escritos.
Não sei estar apaixonado e escrever sobre. Não sei.
Ah, como queria agora mesmo poder dizer da forma mais profunda o quão feliz, infinitamente, me sinto qndo vejo o mar.
E fazer rimas e estrofes sem fim para alguém ou algo que me encha de luz.
Olhar para o céu, ver a imensidão azul com pontos brancos disformes e escrever o verso mais lindo para teus olhos.
Dizer todos os dias, de maneira diferente, que o amor que te tenho é a mais linda expressão da sinceridade dos meus sentimentos por tí.
Dizer-te publicamente, quem sabe através de um livro, que não há como me sentir mais completo, como qndo estou a te olhar de perto.
Dizer que sinto sua respiração a toda hora. Dizer que também acredito no amor.
Não vejo, porém, motivo para continuar essa fraca tentativa de mostrar-me capaz de escrever algo que leves contigo para todo sempre.
Queria escrever algo que marques com uma rosa na página predileta, e que anos mais tarde, quando a solidão de servir de testemunha, abrirás o livro e encontrará a rosa amassada e minha caligrafia disforme junto a ela.
Queria dizer-te que teus olhos me seguem em sonhos, e qndo acordo, era só o que eu queria ver na verdade.
Que se vens às três, às duas começo a ser feliz.
Algo simples, mas que seja meu, que seja vindo de mim, mas pura e totalmente para você.
Algo em que caiba nossa história, encontros e desencontros, nossos risos, nossos livros, nossos...algo que seja nosso demais, enfim.
Mas não. Eu não sei. Me perdoa.
Não cabe dentro de mim tanta inspiração, hj me falta tudo.
Não sairia de mim com tamanha integridade.
Queria, mas hj não sei.
Talvez pq ,acima de tudo, falta você.

Desejos.

18:08 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Escrever como Fernando Pessoa.
Compor como Milton Nascimento.
Pensar como minha mãe.
Ter fé como meu avô.
Viver como minha avó.
Falar como Bethânia.
Uma semana na serra.
Passar no vestibular.
A igualdade social.
A paz mundial.
Um dia de sol e dois de chuva.
Minha outra metade.
Ver todo dia o pôr-do-sol.
Ouvir música em todo lugar.
O cheiro da terra molhada.
Crianças na calçada.
Ouvir os pássaros pela manhã.
O som da conversa amiga.
A história mais antiga.
A distânica inimiga.
A certeza da eternidade.
O inocência da infantilidade.
Correr os campos.
Entrar no mar.
Andar descalço na grama.
chapinhar na lama.
Tomar banho de chuva.
Dormir agarrado em noite de chuva.
Dançar ao som de CArlos Gardel.
Tomar vinho com Edith Piaff.
Esquecer meus problemas.
Pintar tudo de branco e preto.
Olhar álbuns antigos.
Sorrir como criança.
Acreditar na esperança.
Acreditar mais em mim.
Enfrentar meus medos.
Não pensar em traumas.
Não colaborar com as tramas.
Esquecer sem o álcool.
Me inspirar sem cigarro.
Viajar.
Mudar.
Viver.
Voar.
Amar.
Mar.

Nostalgia.

17:40 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Deito lentamente em minha cama. Agora só o som da chuva e do céu, castigando a terra, com seus raios, relâmpagos e trovões. Olho infinitamente o horizonte, cinza, e ele me retorna o olhar com o ar de inalcançável, supremo.
Recordo minha vida. As quedas da bicicleta, os medos, as noites sofridamente superadas, os rabiscos, os primeiros livros, a saudade.
Se pudesse, voltaria. Correria as ruas como qualquer criança, e sem compromisso nem vergonha, gritaria, pegaria a bola, tomaria um banho de chuva sem reparar em quem me olha.
Dançaria em qualquer lugar, chegaria antes de todos para não ser " a mulher do pato".
Brincaria os 'sete pecados' até ir ao paredão.
Ouviria minha avó dizer: ' ô Romário, é hora de subir, vambora!'
Enfrentaria uma manhã inteira de desenhos animados, depois 'faria hora' para não tomar banho. Lamberia a bacía com a massa do bolo, depois, é claro, de tê-la furado com o dedo.
Acordo. Esqueci o som ligado. Escrevo minhas letras, estudo, toco meu violão, leio uns livros.
Não sei se, futuramente, desejaria voltar a esse momento e fazer diferente. Tento aproveitar da melhor maneira possível.

Guarde nos olhos

19:56 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Me olha nos olhos, não consegue?
Então fecha os olhos e me veja com sua alma.
Não te assutes com a pessoa que verás.

Estás vendo um velhinho?- é a minha sabedoria, minha experiência e minha fragilidade.
Veja a montanha!-É minha família, meus amigos, minha fortaleza, meu apoio.
Consegue ouvir a música?- É meu escape, a válvula.
Veja mais de perto.

Ah, essas rugas!!-Preocupações sem motivo.
Vê o saco em minhas mãos?- É onde ponho as pedras q encontrei em meu caminho, futuramente será o alicerce do meu castelo.
Sentes as águas passando em seus pés?-É um rio. Ninguém entra duas vezes no mesmo rio, as águas estão sempre correndo e nunca somos a mesma pessoa.

Estás vendo o universo em mim?- Alimenta minha certeza de nunca está sozinho.
Agora olhe bem para as mãos do velhinho.- Olhe mais fixamente para a rosa que ele tem nas mãos.
Abra os olhos. Não precisa olhar diretamente nos meus.
Ouça.
Encontrei aquela rosa entre as pedras que coloquei naquele saquinho. Cuidei dela, levei-a para meu jardim e lá plantei, reguei, me preocupei- surgiram algumas rugas a mais- mas fiquei bastante triste qndo vi que ela havia crescido esplendidamente e estava a esnobar as demais flores do meu jardim.

Não tive escolha. Arranquei-a, por mais q tivesse me custado um pedaço do meu coração e um milhão de estrelas do meu universo.
Agora carrego-a nas mãos, e ela está morrendo depressa demais. Não me olha mais nos olhos, não me ouve. Esqueceu do que fiz por ela, e encantou-se com sua própria beleza, sem saber que valores mais importantes ela poderia ter, valores esses que jamais acabariam. Mas ainda amo-a, e espero que ela possa percerber isso antes que seja tarde demais.

Agroa sim, olhe bem profundamente nos meus olhos, olhe a ponto de se perder em mim.
A rosa que carrego em minha alma é você, e por mais que as comparações não tenham sido bem empregadas, espero que haja antes que seja tarde demais, ou cedo demais para um fim.

Romário Mattos.

Sem inspiração.

19:27 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


O chorar mais antigo, o amor mais amigo.
Aquela fala calada, o beijo na escada.
Filmes e chuva, o adeus e a procura.
Volto pela mesma estrada, vejo minhas pegadas
Mas as suas já foram apagadas.
E agora, meu amor?
Me diz por onde andar.
Em que estrada vou te encontrar?
Já andei demais, já vivi demais.
Eu só quero o resto das minhas tardes ao seu lado.
Quero a certeza da tua presença.
Não quero mais apagar meus versos, os versos que fiz pra tí.
Por quê partiste, meu amor? Se bem sabes que sem vc tudo é triste.
Eu não posso aprender a ser só.
Meus versos morreram sem inspiração.
É você quem ocupa o vazio onde deveria haver um coração.

PROTESTO.

19:21 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


É óbvio que as girafas nãe existem. Que saco!!!
Todos vós estão sendo enganados por toda uma sociedade que consegue facilmente fazer com que esses robôs se passem por girafas- que absurdo-.Open your eyes.

Bethânico.

19:12 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Sou mesmo. Bethânico. Adoro gastar minhas tarde ouvindo suas músicas. Me liberta, me sinto melhor, mais leve. Não tem explicação. É como um outro gosto qualquer. Mas vê-la no palco é diferente que na Tv. Nem parece que ela é humana. Ela domina toda a casa, enche nossos ouvidos, e pronto, ganha sua inteira atenção.
Então, qndo por fim, as cortinas se cerram, vc volta à realidade- q droga- mas está melhor.
" Debaixo d´água tudo era mais bonito, mais azul mais colorido, mas itnha que respirar." - Arnaldo Antunes.
" É fooooooooooda, nêgo véi."- cearenses.

Eu, hein!

19:03 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


" Sono de jacaré faz parte do chão"- isso foi escrito por Waly Salomão- nãe é louco?
Acho hilário.E eu preciso passar horas pensando, ouvindo músicas, lendo, me interando do assunto pra tentar escrever algo interessante. E tem outra frase incrível também: " O besouro morde a barra de ferro em brasa." Sei naum, mas sei lá.
Eu hein!!

Para ninguém.

18:54 / Postado por Romário Matos / comentários (2)


Será que eu tenho um tipo de doença mental? nem sei, mas é tão bom escrever para ninguém. ´Ninguém mesmo, porque eu mesmo passou meses sem olhar esse blog.
Sei lá. Nada sei. Momento de " diarréia mental" - gostei dessa expressão- inda bem q ninguém ler. Mas, se bem que, depois que ouvi uma célebre frase dita por minha avó " Ninguém é igual a ninguém", e observar a total falta de lógica- pq " ninguém" já dá idéia de nada- fiquei com medo de ninguém acabar se tornando alguém e esse meu blog ser lido.- Meu Deus-. Sou louco. Mas que meu violão fala comigo isso lá é bem verdade.
E quero deixar bem claro para ninguém que me sinto honrado de escrever as bobagens q não saem da minha cabeçaagora saem, uffa-.

O céu depois do céu.

18:41 / Postado por Romário Matos / comentários (0)

Eu ví um mar de nuvens logo abaixo de mim. Estavsa segurando o queixo com uma das mãos. E as nuvens passavam como águas do rio, como a maré quem vem encher e beijar a praia, como uma infinidade de coisas. E eu esqueci. Esqueci dos problemas todos, esqueci da vida, esqueci até de mim mesmo, alí. Por mim teria me deixado levar por aquela vastidão branca e disforme. Me senti um ser a parte. Nem humano, nem bicho e nem poeta. Ví cidades inteiras de cima, e lembrei-me das pessoas quando as ví passarem apressadas para qualquer coisa que certamente não era adimirar a beleza do céu.