A cor amarela

11:57 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


É esse o título da mais nova música de Caetano Veloso.
É triste que a grande maioria das pessoas aceitem de bom grado tudo o que vem de compositores como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e etc. Sou um grande adimirador da música popular brasileira e gosto muitíssimo destes compositores que citei como exemplo. E estou acostumado com músicas lindas vindas de Caetano como: O quereres, Queixa, Tropicália e por aí vai, entretanto, Caetano já gravou `um tapinha não dói` e `pare de tomar a pílula`. Claro que ele pode gravar e escrever o que ele quiser, todavia o que não pode acontecer é batermos plamas e achar que é uma obra de arte, devemos saber diferenciar esse tipo de música das músicas de boa letra. A cor amarela resumi-se em: ` que onda, que onda, que onda que dá que bunda que bunda que bunda`. Absurdo. Não tem sentido explicável. Isso é uma ridicularização da nossa imagem fora do país que já é deturpada com a sexualidade. Brasil não é somente bunda, sol e ondas. Caetano poderia escrever mais sobre nosso país, sua história, mesmo que como crítica, e isso ele faz bem e nesse ponto eu o adimiro. E pior é que há mulheres que se sentem valorizadas com essa letra. Enquanto coisas bem mais importantes ocorrem, ouvimos `que onda que bunda`, batemos palmas e elogiamos Caetano Veloso por sua imensa capacidade de compor. Realmente, ele vai do luxo ao lixo.

É ele quem me completa.

10:14 / Postado por Romário Matos / comentários (0)

Foi assim: parecia a primeira vez que o via. Na verdade já o vi vezes tantas, mas não me canso de olhá-lo. É uma paixão sim, não me atrevo a dizer que seja amor, apesar de nos conhecermos há tanto tempo e de nos completarmos ( isso sim parece ousadia).
Pois,estava chovendo, pouco tempo após meu desembarque da barca que translada a baía de guanabara. Até então não o tinha visto pois estava completamente concentrado na leitura sombria de Agatha Christie, mas ele estava lá, ele estava lá o tempo todo.
Quando saí da barca, não olhei diretamente em seus olhos mas sentí que ele estava alí. a chuva castigava as lentes do meu óculos, por isso ele passou despercebido mas queria me ver, não tenho dúvidas. Foi quando meu estômago reclamou e lembrei que não tinha comido havia horas, então resolvi entrar num shopping no qual nunca havia entrado. Fui direto no balcão da lanchonete. Fiz o pedido. Carreguei a bandeija até a mesa e `cai de boca`. Ele estava me olhando. Estava me olhando do outro lado daquela parede de vidro, sereno, esperando eu terminar a refeição. Levantei-me, e saciada a fome, decidí ficar mais um pouco para comprar as `lembrancinhas ` para os queridos. De costas para o vidro, de costas para ele, sai em direção às lojas. Quando cheguei ao terceiro piso, senti seu cheiro pela ausência de vidro naquele andar. Olhei para o lado e quando o vi senti a alegria de vê-lo e a tristeza por ter esquecido de sua existência. Mas ele estava lá, de braços abertos, me esperando para fechar-me neles. Corri para a pequena varanda e lá fiquei a observar as barcas que deslizavam sutilmente nele, fiquei olhando ele impor respeito às gaivotas que tentavam alcançar os peixes. Fiquei olhando até que a névoa cobrisse todo ele, até que ele pudesse ver meu último sorriso.

Ao meu fotógrafo favorito

12:34 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


" É preciso simplicidade para florir." Não há ira. Há o amor incondicional. Ele ama especialmente cada um de seus filhos, e não podemos gritar independência Dele sem cairmos em total desespero. Ele é a rocha, o cabo, o cáis. Lembrem-se que os verbos são mais dinâmicos que os substantivos. O descanso a sombra é um paraíso, viver nas sombras é desperdício.
p.s. Adorei essa foto particularmente. ela foi tirada por meu tio e amigo Pedro Teixeira.

O mar.

13:30 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


O mar azul e branco, as luzes e as pedras, me prendem a atenção e me fazem tocar o abstrato. A imensidão com que ele me encara é encantadora e ao mesmo tempo avassaladora. Às vezes ele me dá medo outras é meu alívio. Me perco em tanta beleza. É quando eu me encontro com meus pensamentos e me perco em tamanha confusão. Sem palavras, sentamos e botamos o `papo` em dias. E somos capazes de ficar horas assim, um olhando para o outro, estudando as feições. Ele dá sustento aos pescadores, desafia os corajosos, encanta os que o ama, deixa fora de casa os marinheiros, relaciona-se com a lua e dentre muitas outras realizações ele me exorcisa, liberta.

"Metade de minha alma é feita de maresia"
Sophia de Mello Breyner.

Mais perto do céu.

12:53 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Foi exatamente assim que eu me senti ao subir essa serra em Niterói. Mais perto do céu e completamente longe de toda a imundície dos homens, longe da violência, do medo, da saudade, e por mais estranho que pareça, longe do pecado. Quando fiquei a altura das nuvens me senti mais `limpo` de certa forma. Senti-me protegido, seguro e convicto da existência de Deus. Nada me abalaria naquele momento, nada perturbaria aquela paz. Simplesmente indescritível aquela sensação.