Clarice é fundamental.

17:31 / Postado por Romário Matos / comentários (1)


Senhores, não resisti, vi essa frase no profile de uma amiga. tão logo vi, me apaixonei completamente. Clarice me surpreende à medida que conheço suas obras.

"Gosto dos venenos os mais lentos!
As bebidas as mais fortes!
Dos cafes mais amargos!
E os delirios mais loucos.
Voce pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí
eu adoro voar!!!"
- Clarice Lispector.

Gouche e ouvindo Piaf

12:48 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Ne me quitte pas...
Não, mon amour, não me deixes mais.
Ainda depois de dizer : Je t´aime.
Depois de me levar ao cinema. De ver comigo o pôr-do-sol, de tomarnos chocolate quente no mesmo copo, acordarmos juntos como mesmo pensamento e vontade.
Depois de me pegar a mão e fazer toda a diferença.- Ne me quitte pas.
Onde tanto amor? Em mim toda a dor.
Sei nada sem você. As músicas me atravessam e não deixam nada em mim.
Sinto como se estivesse à parte e tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Não, ne me quitte pas, ouça a chuva. Sinta o nosso cheiro, respire o nosso ar outra vez, prova do meu gosto. Ne me quitte pas.
Não posso ser mais submisso. Mas se pudesse o seria.
Fica, fica ente os lençóis, comigo.
Ainda há muito de você em mim. Não posso tirar vc assim.
...ne me quitte pas.
O teu beijo ainda queima em minha boca, teus braçoes me cercam e me puxam pra bem perto. Meu amor, ne me quitte pas.
Não quero esquecer que je t´aime.
Anda, segura minha mão, me abraça forte e me mostra que eu me enganei, diz que me ama e ne me quitte pas.

12:17 / Postado por Romário Matos / comentários (0)


Bem, a tarde está maravilhosa. Chove modestamente, como se os pingos tivessem receio de tocar as telhas de minha casa. Estou com uma inspiração imensa para escrever, mas não era nada assim. O que me vinha em mente eram versos maravilhosamente elaborados com uma complexa estrutura de rimas. Não sei o que houve, talvez tenha sido o modo como as nuvens se dispuseram e agora descarregam. Tudo isso fala por mim. Sou um poeta calado agora. E nada do que eu ponha em papel tem mais importância que a chuva.
Como se conversasse comigo, ela me diz o que eu sinto, lê meus pensamentos e me mostra o quanto fica patético quado eu tento quebrar sua importância e que é ela quem embeleza cenas românticas, que só ela pode ser substituída pela música na hora de dormir, ou combinada a ela para deixar a hora de dormir inesquecível.
Resolvi então deixar pra outro dia os meus veros. A concorrência tornou-se desonesta.
Procurei então aliar minhas palavras às dela: O resultado fica visível.
Fica por isso mesmo.
Olhando o céu chover em minha rua, as crianças tomando banho, os românticos em suas camas, os mais sortudos podem estar vendo filmes, os cães abrigados, os gatos escondidos. tudo em seu devido lugar. Fico sem meus versos, mas absorto em pensamentos, longe levado pelos meus devaneios.
Era mais fácil observar o que causava a chuva que tentar expôr minhas causas por palavras ou até mesmo pensamentos.