O amor não escolhe lugar.

11:26 / Postado por Romário Matos /




De tanta saudade, a moça, chorava. Era como se parisse denovo, mas dessa vez, depois da dor, não estaria sã, e continuaria sozinha. Permaneceria estática, sentada em sua cadeira olhando a linha do horizonte escurecer. Veria mais um dia nascer e com ele a certeza que a única pessoa a quem amou não mais voltaria. Não queria adimitir mas se enchia de esperança quando via alguém de longe se aproximar.
Ela que amou ardentemente agora, desesperadamente, queria voltar atrás, mas sua força ou covarida era tamanha, que aguentava passivamente toda dor. Sabia que não havia motivo que compensasse a falta. Continuava acenando com a cabeça para os que passavam pela estrada...era mais uma dona de casa sertaneja, resistente às secas, aos choros, às dores, mas derrotada pelo arrependimento e passiva de vontade.

1 comentários:

Comment by Beatriz C. Ribeiro on abril 30, 2009

Muito boa a vertente regionalista.
Parabéns!

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